quinta-feira, 14 de maio de 2009

É melhor fugir, porque eu vou a caminho!


Não choro, não rio, não canto,
Não vou ser causa do teu espanto,
Não vou criar ondas no lago,
Fica tudo como está, eu não estrago!

Se calhar vou cuspir para o chão, porque é comum,
Não crumprimentarei ninguém porque é natural,
Sou capaz de subir na profissão à custa de alguém, porque é normal,
Vou impor a minha mentira como verdade absoluta, porque é vulgar.

Assim deixo tudo como está, e não perturbo!

Mas...
...não sou eu!
Eu sou um destabilizador um marginal, um criminoso!

Caminho descalço, porque os meus pés gostam da terra,
Deito-me no chão porque amo a energia do planeta,
Canto, danço, faço de palhaço e sou pateta.
Gosto de sexo por que me dá prazer,
Cometo excessos sem querer.
Aleijo-me, e ganho cicatrizes,
tenho memórias de quando as fiz,
feliz pelo que aprendi nas que tenho,
e com pena por onde não passei.
Encontro-me na companhia,
Desencontro-me na solidão.
Relaxo na tranquilidade,
Divirto-me na confusão.
Alimento-me de raios de sol,
e brilho na escuridão.

Se incomodo, se magoo, se sou inoportuno,
Podem abrir a cela,
Prenderão o meu corpo, mas nunca se livrarão da minha companhia.

Aqui deixo uma enorme e agressiva ofensiva de sinceros abraços e beijos, para todos aqueles que eu possa perturbar.

2 comentários:

Graça Lopes disse...

Lindo e verdadeiro!
Gostei
Um abraço do coração...

Maria Cristina Amorim disse...

...mas não me perturbas-te..
Beijos